HISTÓRIA DO VESTIBULAR
E o ENEM, por que surgiu e quando se tornou o maior exame do país? Preparamos com muito carinho a história do vestibular e ao longo da leitura, você vai entender e saber que quando os exames de admissão para instituições de Ensino Superior surgiram e o caminho percorrido até os dias de hoje.
Uma curiosidade: Você sabia que as provas de vestibular já foram realizadas até em estádios de futebol?
A entrada aos cursos superiores introduzidos no Brasil se fazia a partir de exames preparatórios; começou no ano de 1837.
As provas envolviam questões de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira e Ciências — área composta por conhecimentos relativos à Matemática, Física e Química. Isso incluía conhecimentos adquiridos na escola, mas, também, outros específicos do curso em questão.
Por fim, em 1915, ano do surgimento do ensino secundário e da reorganização do ensino superior, a palavra vestibular passou a ser usada para designar esses exames admissionais. Com origem no latim, vestibulum significa "entrada".
O ingresso nos cursos superiores introduzidos no Brasil se fazia mediante “exames preparatórios”.
Começa a ser obrigatório o exame de seleção para o ingresso em curso superior pela Lei Orgânica do Ensino Superior e do Fundamental pelo decreto 8659 de 5/4/1911; por meio deste estabeleceu-se a exigência de exame de admissão e formularam-se critérios relativos à forma do exame, à banca examinadora, às datas dos exames e às taxas de inscrição.
O Decreto 11530 de 18/3/1915 cria a denominação , esta usada até hoje, do exame de admissão aos cursos superiores para exames vestibulares.
A escola Paulista de Medicina ,hoje Unifesp, introduziu testes em provas internas pelo prof. Walter Leser .
Surge o CESCEM: vestibular da área de Biológicas em São Paulo com utilização de testes de múltipla-escolha.
É criado o CESCEA. Vestibular da área de Humanas em São Paulo usando também também os testes.
Criado o MAPOFEI, vestibular da área de Exatas com questões discursivas.
A USP unifica o programa de vestibular para todas as áreas.
A USP cria a Fuvest , com exame em duas fases: a 1ª com testes e a 2ª com questões dissertativas. Extintos os vestibulares por área.
A Fuvest passa a realizar os exames da USP, Unicamp e também Unesp.
A Unesp passa a realizar separadamente seus exames.
A Unicamp passa a realizar separadamente seus exames em 2 fases, apenas com questões discursivas; onde todas as matérias têm o mesmo peso.
A Fuvest passa a realizar provas de 2ª fase em níveis diferentes conforme matéria e área, melhora muito o rendimento dos candidatos de Humanas em Física, Química e Biologia.
A Fuvest aproxima os pesos das matérias, aumenta a necessidade de uma boa formação geral.
A Fuvest diminui para 80 o número de questões na 1ª fase e aumenta em 60% os convocados para a 2ª fase. Notas mínimas fazem sobrar vagas na USP.
A Fuvest diminui para 72 o número de questões na 1ª fase e retira a exigência de notas mínimas.
Encontro internacional sobre os vestibulares, em Durblin, na Irlanda.
O Etapa é a única escola brasileira a enviar participantes.
A Fuvest retira totalmente a exigência de notas mínimas para o vestibular de 1994.
A Fuvest muda o vestibular 1995 na 1ª fase, aumentando o número de questões e na 2ª fase, reduziu o número de provas.
A Unicamp reduz o peso da Redação e introduz pesos diferenciados na 2ª fase.
Exame do Enem passa a contar nas notas da Fuvest, Unicamp e Unesp.
Fuvest reduz para 100 questões em um único dia a sua 1ª fase.
O vestibular da Unicamp coloca bônus de 30 pontos uma média de 540 para estudantes vindos do ensino médio em escola pública e, dentre estes, mais 10 pontos caso se declarem negros ou indígenas.
Fuvest, Unicamp e PUC- São Paulo apresentam uma lista unificada de leitura obrigatória para o vestibular; A USP reduz a primeira fase para 90 questões e introduz um bônus de 3% a mais nas notas para estudantes vindos de escolas públicas.
O ENEM é reformulado e passa a ser composto por 5 notas. Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Códigos, Matemática e Redação. O ENEM também passa a ser formado por 180 questões, organizadas a partir da TRI (Teoria de Resposta ao Item). Com as mudanças, o Exame se transforma no principal vestibular nacional, fundamental para o ingresso nas Universidades e Institutos Federais.
A UNICAMP atualiza seu vestibular. A primeira fase passa a ter 3 tarefas de redação e de realização obrigatória com 48 testes de 4 alternativas cada um. A segunda fase passa a ser realizada em 3 dias, cada um deles com 24 questões contendo itens A e B.
No primeiro dia da 2a fase, os candidatos fazem questões de Matemática e Língua Portuguesa ,Literatura;
No Segundo dia, são 18 questões de Ciências Humanas e 6 de Língua Inglesa;.
No ultimo dia, são 24 questões de Ciências da Natureza.
Aprovada a lei de cotas para as universidades públicas federais.
Segundo a lei, as vagas daquelas instituições deveriam ser divididas.
A UNICAMP reformula novamente sua primeira fase, excluindo uma das tarefas de redação. Os vestibulandos passam a fazer 2 e não 3 redações.
O ENEM
Neste ano houve uma liminar em que garantia aos estudantes acesso ao espelho da redação, em seguida foi derrubada essa liminar, pois segundo o procurador , seria impossível logisticamente mostrar o espelho das redações a todos os candidatos que quisessem.
ENEM
Segundo dados do Ministério da Educação, o ano de 2014 registrou nova marca recorde no número de inscritos: 9.519.827 estudantes, correspondendo a um aumento de 21,8% em relação ao ano anterior. No entanto, deste montante, 8.721.946 de inscrições foram efetivadas e 6.193.565 candidatos realizaram as provas (71% do total de inscritos).
Após a divulgação do resultado, ainda destacou-se na edição o baixo desempenho médio, sendo que, apenas 2,1 milhões obtiveram nota acima de 4,5 e 529.374 obtiveram nota zero na redação (8,5% dos candidatos).[68] 1 519 candidatos foram eliminados da prova.
O ENEM
Em 2017, a edição contou com 7,6 milhões de inscrições, demonstrando uma queda em relação ao ano anterior, que angariou 9,2 milhões de inscrições. Neste ano, as provas passaram a ser aplicadas em dois domingos, mantendo o mesmo horário de realização.
Dos 7,6 milhões de inscritos, 58,6% eram mulheres e 41,4% homens; além disso, estimou-se um gasto de R$ 589 milhões para a ocorrência . Nesta edição, deu-se fim à emissão de certificados de conclusão do ensino médio, retirando quase 1 milhão de estudantes da prova e dando origem ao Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos .
Pela primeira vez o exame foi personalizado, sendo impressos nas provas de cada participante o seu nome e número de inscrição. No que tange a contextualização da prova, foi proibido, a partir de uma liminar expedida dez dias antes da prova, o direito de conceder nota zero às redações que infrinjam os direitos humanos. Por conseguinte, 291.806 redações foram anuladas, das quais 4.798 feriram os direitos humanos. Em contrapartida, 53 estudantes obtiveram nota mil na redação
O Enem para a edição de 2018, o Inep anunciou algumas modificações. No que tange o edital oficial, houve a anulação do item que garante a atribuição de nota zero às redações que infrinjam os direitos humanos. No entanto, a incoerência pode retirar até 200 pontos do candidato, de acordo com as competências avaliadas. No segundo dia de prova, as áreas de Ciências da Natureza e Matemática foram contempladas com mais 30 minutos de avaliação, resultando em 5 horas totais.
Nesta edição houveram duas polêmicas: uma delas foi durante uma questão da prova de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias em que envolvia um texto citando o pajubá, espécie de dialeto de origem africana usada por gays e travestis. Durante uma entrevista ao programa Brasil Urgente exibida em 5 de novembro, um dia após o exame, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirma que a questão não mede conhecimento algum e que o Enem terá que cobrar conhecimentos úteis. Também afirmou que em sua gestão, o Ministério da Educação “não tratará de assuntos dessa forma”.
A Unicamp inicia o
ingresso com Vagas Olímpicas e com o Vestibular Indígena da Universidade
ENEM
Dando seguimento ao certame anterior, o Enem 2019 sofreu mudanças que fazem parte de um processo de otimização e de redução de custos de realização. Publicado em 11 de março de 2019 no Diário Oficial da União, o edital informa mudanças ligadas à coleta de dado biométrico, que passará a utilizar uma esponja de múltiplo uso; e uma nova diagramação do caderno de provas, que passa a contar com um espaço em branco ao final, para fins de cálculos e da elaboração do rascunho da redação.
Houve vazamentos nesta edição. Em 3 de novembro, uma foto com a proposta de redação vazou minutos antes do início da prova.
No mesmo dia, o Ministério da Educação confirmou o vazamento, mas assegurou que a divulgação insidiosa não afetaria a prova. O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou, no dia, que a origem do vazamento era de Pernambuco. Em consonância, a Polícia Federal deflagrou a Operação Troth com o intuito apurar o caso. Em 10 de novembro, houve um segundo vazamento, o qual exibia a íntegra da prova do segundo dia.
O MEC informou que já havia identificado os responsáveis, mas não ofereceu detalhes sobre a situação. Uma questão de Ciências Humanas e suas Tecnologias foi anulada devido à repetição do ano anterior, na prova específica para candidatos com deficiência visual.
Nesta edição as médias caem em todas as provas objetivas. No mesmo dia, estudantes em todo o Brasil se revoltaram com suspeitas de erros nas correções da segunda prova do ENEM, levantando uma campanha pela rede social Twitter com a hashtag #ErroNoEnem. Também foi noticiado alunos de cidades de Minas Gerais com mais de 35 acertos com notas inferiores a 400. No dia 18 de janeiro, o MEC se pronunciou sobre a inconsistência nas notas, e criou um e-mail para que os que foram prejudicados pudessem ter a reavaliação de suas notas. Mesmo na véspera, a data do Sisu foi mantida.
Devido às incongruências quanto à correção das provas, o Ministério Público Federal (MPF) pediu, em 24 de janeiro de 2020, que a Justiça Federal suspendesse os calendários do SiSU, do ProUni e do Fies.
No comunicado, o MPF afirma que “é solicitado que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realize nova conferência dos gabaritos de todos os candidatos que compareceram ao Enem 2019, de forma a garantir a idoneidade, a correção do resultado do exame e a correspondência entre o gabarito utilizado e a prova realizada pelo candidato”.
Se descumprida a ordem, o órgão prevê uma multa diária de R$ 10 milhões. Em 27 de janeiro de 2020, o MEC suspendeu as inscrições do ProUni devido à proibição do calendário pela Justiça Federal em razão dos erros.
FUVEST
A segunda fase passou a ter dois dias de prova. O primeiro dia permaneceu igual, com questões de português e uma redação; já o segundo, com disciplinas específicas da carreira escolhida. Outra mudança foi o aumento na reserva de vagas para ingresso na USP. A reserva em 2019 foi de 40% das vagas. Os candidatos puderam optar pela modalidade de concorrência no ato da inscrição. Serão três opções:
1-) Ampla Concorrência (AC): para candidatos sem exigência de pré-requisitos;
2-) Ação Afirmativa Escola Pública (EP): para candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, independentemente da renda;
3-) Ação Afirmativa Preto, Pardo e Indígena (PPI): para candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, independentemente da renda.
Em 2019, o vestibular deixou de adotar o Processo de Reescolha. A reescolha era oferecida a candidatos não matriculados e não eliminados até a sexta chamada. A ideia era preencher vagas de outros cursos, caso o candidato tivesse interesse.
UNICAMP
A estrutura da 2ª fase mudou: o inglês voltou; aumentou o peso das questões interdisciplinares; a escolha do curso de segunda opção ficou restrita à área de conhecimento escolhida; e só houve uma redação, ao invés dos dois textos que tinham que ser escritos até 2019.